Responsável Técnico: Dr. Jean Marc Scialom CRM-SP 117.136 I RQE: 34.159 | RQE: 69.990
TRATAMENTOS
Conheça os tratamentos oferecidos pelo INEMP:
Tratamento eficaz e seguro que consiste no estimulo elétrico do cérebro de maneira controlada que gera disparos rítmicos cerebrais autolimitados, que equilibram o seu funcionamento através de neuromodulação.
A Cetamina revolucionou o tratamento da depressão unipolar e bipolar no Brasil e globalmente, oferecendo esperança renovada aos pacientes com sua notável eficácia.
A EMT é uma técnica de neuromodulação desenvolvida para o tratamento de alguns transtornos mentais e neurológicos. No Brasil o aparelho é reconhecido pela ANVISA e pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).
Eletroconvulsoterapia (ECT)
A Eletroconvulsoterapia é um procedimento que consiste na estimulação no cérebro de forma controlada, por meio de corrente elétrica.
Através dela acontece o desencadeamento de crises convulsivas, que promovem reorganização e equilíbrio neuronal, para reestabelecer o funcionamento correto do cérebro.
Uso
É eficaz para condições médicas como depressão, transtorno bipolar, estados mistos, catatonia e alguns tipos de esquizofrenia.
Além de todos esses quadros, é comprovadamente eficaz para o tratamento de transtorno esquizoafetivo, doença de Parkinson e status epilépticos.
Também é indicada em casos que há resposta baixa à farmacoterapia, intolerância ou contraindicação às medicações, como, por exemplo, idosos, gestantes, portadores de doenças graves que impossibilitem uso de medicações e durante a amamentação.
E ainda pode ser usada como primeiro tratamento em casos de desnutrição grave secundários aos transtornos mentais, risco iminente de suicídio e sintomas psicóticos graves.
Eficácia
A ECT tem eficácia maior do que ao tratamento farmacológico. Em geral, seu efeito é positivo em até 90%, sendo que as medicações podem ser de 66% para os casos de depressão.
Além disso, apresenta uma resposta mais rápida para os tratamentos nos quais é indicada.
Ela deve ser considerada para os casos de sintomas muito graves e necessidade de resultados mais ágil, devido ao potencial risco de mortalidade como risco de suicídio, além de desnutrição e desidratação.
Segurança
O procedimento é feito sob anestesia e relaxamento muscular na presença do anestesista, do psiquiatra e equipe de enfermagem.
O procedimento sofre estigma pela história na psiquiatria, porém, o avanço da técnica e dos equipamentos, o uso da anestesia e quando bem indicada, é muito segura e apresenta alta taxa de eficácia.
O método é reconhecido pelo CFM e liberado pela ANVISA.
Sessões
Realizadas em ambiente hospitalar, o procedimento dura apenas alguns minutos, com o paciente sob anestesia geral e com alta no mesmo dia.
O número de sessões e a frequência delas é individualizada para cada caso individual.
Efeitos colaterais
Tem como principal efeito colateral perda de memória transitória, sendo ele minimizado com a melhora da técnica nas últimas décadas, como o uso de onda quadrada e técnica unilateral.
Estigma
Apesar de a Eletroconvulsoterapia (ECT) ser eficaz, reconhecida e segura, a técnica é muitas vezes pouco indicada, devido à falta do serviço, estigma e preconceito.
Mais informações sobre o tema tanto para paciente como para os profissionais, poderiam fazer o procedimento chegar até as pessoas que mais se beneficiariam.
Principais Indicações:
- Depressão;
- Depressão bipolar;
- Mania, estado misto;
- Catatonia associada;
- Esquizofrenia e outras psicoses funcionais;
- Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
- Status epilepticus refratário a drogas anticonvulsivantes;
- Síndrome neuroléptica maligna;
- Doença de Parkinson com comorbidades psiquiátricas.
Cetamina
A depressão resistente é uma condição de grande sofrimento ao paciente e, muitas vezes, o paciente não melhora com o tratamento convencional com antidepressivos o que acarreta grandes prejuízos à vida do indivíduo.
Uso e eficácia
O uso da Cetamina, na depressão, vem sendo estudada desde os anos 2000, sendo evidenciada eficácia no tratamento da depressão unipolar ou bipolar e estudos têm demonstrado efeito antissuicidalidade.
Em alguns casos, a melhora dos sintomas depressivos e da ideação suicida ocorre após 40 minutos da infusão, apresentando eficácia maior e resposta mais rápida em relação aos antidepressivos convencionais.
Sobre a Cetamina
A Cetamina é um potente anestésico que existe há mais de 50 anos, desenvolvida em 1962.
Estudos nos últimos anos têm indicado a Cetamina como um fármaco muito eficiente no tratamento da depressão resistente, quando utilizada em doses subanestésicas.
Segurança e tolerabilidade
Há evidência de segurança e tolerabilidade em doses anestésicas e subanestésicas, devendo ser aplicada sob supervisão médica.
Efeitos colaterais
– Aumento transitório da pressão arterial e da frequência cardíaca podem ocorrer;
– Efeitos psicomiméticos como cefaleia, tontura e dissociação também são comuns e são tratados durante as sessões;
– A formulação aprovada pela ANVISA, no Brasil no momento, para uso na depressão é a Intranasal.
Mecanismo de ação
A forma como a Cetamina age na melhora da depressão não é completamente conhecida. Sabe-se que ela desencadeia uma série de alterações neuroquímicas, modulando a sinalização neuronal, promovendo neuroplasticidade.
Um dos principais alvos da Cetamina são os receptores NMDA e AMPA glutamatérgicos, porém, ela também modula fatores neurotróficos, e age como regulador de inflamação. Além disso, tem ação sobre receptores aminérgicos, opióides e muscarínicos.
Sessões
– O tratamento com Cetamina deve ser realizado com o acompanhamento do psiquiatra, inclusive, é ele que deve indicar essa opção;
– Junto às aplicações, o paciente deve continuar tomando seus antidepressivos normalmente, tudo sempre sob orientação médica;
– O processo de aplicação da Cetamina é feito em um centro especializado;
– Entre a chegada do paciente, aplicação e saída, geralmente, passam-se cerca de 2 horas e o paciente é liberado com acompanhante.
Estimulação Magnética Transcraniana – EMT
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é uma técnica de neuromodulação desenvolvida para o tratamento de alguns transtornos mentais e neurológicos.
Uso e eficácia
A técnica de EMT já tem indicações aprovadas principalmente para episódios depressivos, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e alucinações auditivas na Esquizofrenia.
Estudos têm demostrado uma boa resposta ao Transtorno Afetivo Bipolar, episódio Depressivo, Tinitus (Zumbido), aceleramento da resposta a medicação antidepressiva, reabilitação Pós-AVC, e distúrbios do movimento como a Doença de Parkinson.
Sobre o EMT
O equipamento que realiza a EMT é um estimulador que gera ondas magnéticas, no sentido de estimular ou inibir determinadas regiões cerebrais que estão disfuncionais nestes transtornos.
Tolerância e tolerabilidade
– A segurança do procedimento já é amplamente estabelecida;
– Não é necessário anestesia ou outros preparos como jejum ou dieta para a realização do procedimento;
– As sessões duram de 20 a 40 minutos dependendo do transtorno que está sendo tratado, cada um tem seu protocolo e localizações específicas e individualizadas;
– A duração do tratamento em média são 30 sessões, mas podem variar de dependendo do quadro do paciente e da resposta clínica.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais são pouco comuns, e tendem a ser bem tolerados por ser uma técnica de neuromodulação pouco invasiva. Pode ocorrer cefaleia, e/ou dor local, mas que tendem a melhorar com a continuidade do tratamento.
Informações
Em dezembro de 2012 a Câmara Técnica Permanente da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), na Resolução AMB número 13, aprovou o reembolso dos planos de saúde para o tratamento de EMT.